quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Au Nom du Fils - Michel Vaillant

















Argumento: Phillipe Graton e Denis Lapière
Desenhos: Marc Bourgne e Benjamin Benéteau
Editora: Graton Editeur/Dupuis
Páginas: 56

Língua: Francês
Colecção: Michel Vaillant Nouvelle Saison nº1
ISBN: 978-2-8001-5420-6


Sinopse:
C'est le grand retour de Michel Vaillant, le pilote-vedette des plus grands circuits internationaux. Confronté aux nouveaux enjeux sportifs et technologiques, le clan Vaillant doit faire face aux évolutions de l'industrie automobile, mais aussi aux mutations de la société.
Trois générations d'hommes et de femmes ont désormais en main le destin de l'entreprise, dont le tout premier challenge est de renouer avec la victoire, en débutant par le WTCC, le très disputé championnat du monde des voitures de tourisme. Et de sauver la cohésion familiale, malgré les convictions contradictoires des uns et des autres.


Opinião:
Foi com um misto de preocupação e alegria, que a meio de 2012 descobri que iria ser editada uma nova série de livros de Michel Vaillant. As notícias indicavam que a fórmula seria reinventada, o jovem Michel que se bateu contra os grandes campeões desde Fangio a Schumacher, finalmente envelheceu.
Os primeiros desenhos que vi, vou ser sincero, não me agradaram, não reconheci o bom Michel de linhas angulosas de antigamente.
Obviamente que seguidor de longa data da série, mal vi o livro nas prateleiras comprei-o imediatamente.
Ao princípio estranha-se, e muito, as diferenças são notórias no traço. Podem comparar com o post anterior, o antigo com o novo Michel Vaillant:

Há alguns traços reconhecíveis que ainda lá estão, especialmente o característico cabelo que teimosamente cai para a testa. Mas há personagens que estão ainda mais irreconhecíveis como Jean-Pierre ou Élisabeth a mãe Vaillant. Todos envelheceram, a família Vaillant é agora composta por três gerações adultas.
Michel continua a ser o piloto, mas dá a sensação de estar numa fase final da sua carreira. Jean-Pierre já não está só no comando técnico da marca e da equipa Vaillante, é agora acompanhado pelo seu brilhante filho Jean-Michel. O filho de Michel e Françoise será uma personagem importante na trama.
O argumento adapta-se às novas realidades económicas e tecnológicas. A mudança mais notória é que a família Vaillant torna-se mais realista, os seus problemas mais mundanos.
O livro é consistente, a história é bem construida, o que se torna um passo em frente em relação aos albuns anteriores, algo pobres e cheios de clichés ou fórmulas demasiado repetidas.
O desenho divide-se em duas partes. A cópia do real está irrepreensivel como sempre se espera dos albuns Vaillant, os circuitos, as viaturas de estrada, os WTCC e os F1s estão fieis aos originais. Quanto à ficção, as personagens requerem habituação, talvez no terceiro ou quarto album o traço fique mais consistente e nos faça esquecer os desenhos anteriores. Quanto à viatura Vaillante, na minha opinião é o ponto fraco deste primeiro album, falta-lhe espectacularidade, falta ser o carro de sonho que todos esperamos.
Em conclusão, é bom ter o Michel Vaillant de volta. Para um leitor que pega na série sem conhecimento da anterior, tem uma BD consistente, com automoveis, velocidade e com uma interessante trama fora das pistas. Para o leitor Vaillant assíduo, tem um livro que corta bastante com os anteriores mas não radicalmente. É estranho mas não choca, não nos faz largar o livro ao fim de 5 páginas com ideias revivalistas. Que venha o próximo. Há muita "matéria" que não apareceu neste primeiro livro que esperemos que nos seja apresentado nos próximos.


Um pequeno "cheirinho" para aqueles que como eu gostam dos "maus da fita":



Uma nota final, para a forte ligação que a série Michel Vaillant sempre teve com o nosso país. Na série anterior houve dois albuns passados totalmente em Portugal, para além de um outro passado em Macau, quando esta ainda era uma colónia Portuguesa. Fica já aqui a promessa que abordaremos estes albuns mais tarde, mas voltando ao album objecto de crítica, a passagem por Portugal está novamente presente. Aqueles que conhecem a fronteira do Algarve com Espanha devem reconhecer esta imagem:

Nota (escala 1 a 10): 6 não leva 7 porque ainda estou demasiado agarrado à série antiga e acredito que há margem para melhorar.
TheKhan

1 comentário:

  1. Sinceramente detestei o desenho, tecnicamente mau raramente consegue fazer duas caras iguais da mesma pessoa, e a cor foi uma photoshopada de principiantes. Sinceramente não percebi o porquê desta situação... em França existem tantos artistas de bom calibre, resmas deles!
    A história não me está a parecer má. Esperemos pelo final do arco para dar a opinião final. Para já a história ainda é o melhor destes novos livros (e não é nada do outro mundo...)
    ;)

    Abraço

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