sexta-feira, 31 de maio de 2013

Millennium - Stieg Larsson




Opinião:

Comecei a ler esta trilogia muito depois de toda a fama que teve, e por isso, não estava com muitas, nem poucas expectativas, apesar de todos os comentários positivos aos livros.

Estes livros têm imensas personagens importantes para o enredo mas apenas irei focar os dois mais importantes. Mikael Blomkvist, jornalista da Millennium, é um profissional de investigação com princípios, que procura denunciar a corrupção dos poderosos, fazer o que está correcto e ajudar as pessoas inocentes. Lisbeth Salander é uma jovem hacker bastante inteligente e eficiente, que trabalha para uma empresa de segurança e investigações. Com uma aparência nada amigável, que não inspira confiança, Lisbeth é anti-social e com um passado problemático. Mas como quase sempre, as aparências iludem, e nunca se deve julgar um livro pela capa, ela é uma mulher honesta, que luta pelos seus interesses e pelo que acha que é correcto. Estes dois personagens vão trabalhar juntos para descobrir o mistério na família Vanger.

Larsson tem uma escrita clara e directa, com descrições muito realistas. Constroi um enredo super viciante e com um ritmo rápido, que não conseguimos largar. Leva-nos para um mundo de corrupção, violência e muito mistério. Principalmente, no primeiro livro. O segundo, como quase todos os livros tem partes que a meu ver não contribui nada para a história, e que torna o ritmo mais lento, e outros que nos fazem compreender melhor a personagem principal, Lisbeth. Funciona mais como um prólogo para o terceiro livro, onde temos o desfecho que tanto aguardámos. Quem lê o segundo, obrigatoriamente tem de ler o terceiro.

São excelente livros que têm a capacidade nos absorver completamente numa leitura intensa.

Irishgirl

Opinião:

Stieg Larsson foi um jornalista Sueco que faleceu aos 50 anos em 2004, vitima de um ataque cardíaco. Os três livros da série Millennium serão o legado mais importante que deixou, sem ter conhecimento do sucesso alcançado visto estes terem sido publicados a título póstumo.

Considero a utilização do termo trilogia para definir esta série um erro. É verdade que são três os livros publicados, mas também é bem verdade que os rumores indicavam que o autor tinha a ideia de escrever 10 livros desta colecção sendo que, à data da sua morte, 3/4 do quarto livro estaria já escrito bem como o esboço de um quinto e sexto livros. Veremos se a viúva do autor algum dia decidirá os terminar e editar.

A série insere-se no estilo policial, desenvolvendo-se em torno das investigações criminais de uma revista, a Millennium, onde Mikael Blomkvist, uma das duas personagens principais, é jornalista, editor e sócio.

O tema principal gira à volta de crimes de violência e abuso sexual sobre mulheres, personificados, entre outros, na restante personagem principal Lisbeth Salander. Este tema, bem como o nome de Lisbeth, advêm ao que parece de uma violação sofrida por uma jovem que Larsson assistiu, sem ter interferido, quando tinha 15 anos e que o marcou para o resto da sua vida.

Relativamente aos livros, e começando pelo fim, devo dizer que agradaram particularmente, especialmente o primeiro, "Os Homens que Odeiam as Mulheres", e me deixaram com alguma pena de o autor não ter terminado mais volumes.

"Os Homens que Odeiam as Mulheres", é na minha opinião, um livro de excepção. Blomkvist é contratado por Henrik Vanger para realizar dois trabalhos, por um lado escrever a história da família e por outro, esta sim a razão principal, investigar o desaparecimento de uma sobrinha neta, Harriet, há 40 anos atrás.

Blomkvist associa-se a Salander para resolver os meandros de um crime que se vai desvendando em contornos mais e mais sinistros e perversos, para finalizar de uma forma surpreendente, mas sustentada e convincente.

O livro é extremamente envolvente, viciante ao ponto de não o querermos largar e justifica plenamente o sucesso internacional. A história é bem concebida, explorando os podres da mente humana, com uma violência crua e duramente descrita.

Quanto aos outros dois livros, para mim são na realidade um livro só dividido em duas partes. O Terceiro livro começa exactamente no instante em que o segundo termina. Termina é uma forma de dizer pois quando chegamos à última página ficamos "pendurados" sem saber o estado de algumas das personagens.

Estes livros focam mais a personagem de Lisbeth, aprofundando a sua história e laços familiares. São também mais extensos que o primeiro livro, e como penso que o argumento é menos interessante, parecem ter partes em que se arrastam um pouco.

Assim não os considero tão interessantes como o primeiro, mas de uma forma geral mantêm as caracteristicas deste e por isso são também recomendáveis.

Um pormenor interessante é também, para quem como nós já teve a oportunidade de conhecer a cidade de Estocolmo rever as suas ruas percorrer as páginas destes livros.

Nota (escala 1 a 10): 8 para Os Homens que Odeiam as Mulheres e 7 para os restantes
TheKhan

terça-feira, 28 de maio de 2013

Feira do Livro - Primeiras Aquisições

No rescaldo dos primeiros 5 dias de feira foram estas as adições à nossa biblioteca:

E ainda há tanto para comprar...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Feira do Livro de Lisboa - Inauguração



É HOJE!!!

Finalmente chegou aquela altura do ano em que podemos passear no Parque Eduardo VII, comprar livros e comer farturas.

Esperemos que o tempo ajude, que a chuva não estrague os livros e que as promoções levem as pessoas a fazer algumas aquisições.

Nós faremos as nossas, até porque é na feira que compramos 90% dos livros que lemos.

Alguns links úteis.

Mapa da Feira:
http://feiradolivrodelisboa.pt/participantesmapa.php

Livros do Dia:
http://feiradolivrodelisboa.pt/livrosdodiapesquisa.php

Boa feira.

Os Generais




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autor: Simon Scarrow
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 539
ISBN: 9789896371616
Série: Revolution nº 2
 
Sinopse:
Napoleão Bonaparte e Duque de Wellington. Dois gigantes da História e um mundo pequeno demais para os abarcar. Corre o ano de 1796 e tanto Arthur Wellesley (mais tarde conhecido por Duque de Wellington), como Bonaparte estão a deixar a sua marca como homens de reconhecido génio militar. Comandante do 33º Regimento de Infantaria, Wellesley é enviado para a Índia, onde as suas habilidades e coragem impressionam grandemente os seus superiores.No papel de comandante do Exército de Itália, Napoleão Bonaparte trava batalhas com sucesso e alcança uma rápida evolução política. Em 1804 proclama-se Imperador de França e ambiciona conquistar toda a Europa. Chegou o tempo para o futuro Duque de Wellington enfrentar Napoleão num combate épico que abalará o mundo e ficará registado para sempre na História.
 
Opinião:
"Os Generais" é o segundo livro de quatro, da série de Simon Scarrow que segue paralelamente a vida de Napoleão Bonaparte e Arthur Wellesley. Sendo um adepto da Série da Águia do mesmo autor decidi, graças a alguns preços fantásticos da Saída de Emergência na Feira do Livro 2012, a pegar nesta série agora que já esgotei todos os livros do Sharpe de Cornwell editados em Portugal.
 
Quando li o primeiro livro da série, "Os Jovens Lobos" gostei bastante, a escrita de Scarrow sempre me agradou e nesta série é curiosa a forma como o autor pega em duas personagens reais, de uma enorme importância histórica, e as torna nas duas personagens principais de uma série de literatura.
 
Ao longo dos quatro livros seguimos a vida dos futuros Imperador Napoleão e Duque de Wellington, numa mistura de acontecimentos, na sua grande maioria reais, mas também com algumas adaptações de ficção que ajudam a tornar as histórias mais fluídas.
 
Relativamente a "Os Generais", foi de todos os livros de Scarrow o que mais tempo demorei a ler, mais precisamente três semanas. E porquê? Porque foi o que menos me agarrou, em virtude de ser um livro que mais parece ser um documento histórico do que um romance. Falta princípio, meio e fim, são mais de 500 páginas de meio, que mais não são do que vários acontecimentos históricos encadeados, sem que haja um enredo que nos apegue ao livro e nos faça sentir aquele desejo extra de querer virar as páginas mais depressa do que o habitual e saber o que se vai passar a seguir.
 
Não obstante, o trabalho de pesquisa é como habitualmente extremamente elaborado, aliás outra coisa não se podia esperar de um antigo professor de história.
 
Curiosamente, relativamente às personagens, e no seguimento do primeiro livro em que achei Napoleão um personagem muito mais interessante que Wellesley, combativo, irrequieto com uma linha de pensamento estabelecida, contra um personagem preguiçoso, derrotista e depressivo, verifiquei ao longo de "Os Generais" uma inversão total nas personalidades. Napoleão passou a maníaco, incoerente e desequilibrado enquanto que Wellesley renasceu empreendedor, corajoso e humanista. Se calhar foi apenas o cruzar das personagens com aquilo que é o senso geral relativamente a elas, mas o que me desagradou foi o efeito Dr. Jekyll/Mr. Hyde verificado em ambas as personagens sem que na narrativa houvesse qualquer explicação lógica para este acontecimento.
 
Em jeito de conclusão, lê-se bem, é interessante mas quando temos expectativas altas relativamente a um autor é difícil não apontarmos os erros, quando nos deparamos com uma obra menos conseguida. Gostei do livro mas esperava mais.
 
Venha o próximo, no qual deverão ser descritas as Guerras Peninsulares.
 
Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan