sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Passatempo - Dragões de um Alvorecer de Primavera

 
Passatempo

 
Em parceria com a Saída de Emergência estamos a oferecer 2 exemplares dos "Dragões de um Alvorecer de Primavera" de Margaret Weis & Tracy Hickman.
 
Para se habilitarem a ganhar um dos livros a sortear, terão de responder correctamente ao questionário que se segue.
 
Notas:
 
O passatempo decorrerá até às 23h59m do dia 5 de Setembro de 2013 e os resultados serão posteriormente publicados neste blogue.
 
Só será aceite uma participação por pessoa e por razões relacionadas com o envio dos prémios, só serão considerados participantes residentes em Portugal.
 
Os participantes que responderem correctamente a todas as perguntas, formarão uma lista da qual serão sorteados aleatoriamente os vencedores.
 
O sorteio e posterior envio dos prémios aos vencedores, são da responsabilidade da editora.
 
Os vencedores serão contactados primeiramente via email para fornecerem a morada na qual pretendem receber o prémio.
 
Para obterem as respostas deverão consultar o excerto da obra
 
Boa sorte!
 
 O Passatempo terminou. Os resultados serão divulgados brevemente.


quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Dragões de uma Noite de Inverno

Autor: Margaret Weis & Tracy Hickman
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 402
ISBN: 9789896375300                          
Série: As Crónicas de Dragonlance nº 2

Sinopse:
Os nossos heróis venceram uma batalha, mas não venceram a guerra pelo destino de Krynn. Os servos de Takhisis, a rainha dos Dragões, estão de volta e os povos de todas as nações precisam de lutar para salvar os seus lares e manter a própria liberdade. Mas há muito que as raças estão divididas pelo ódio e preconceito. Guerreiros elfos e cavaleiros humanos lutam entre si e a guerra parece estar perdida antes de começar.

Forçados a separarem-se pelos acontecimentos, passará ainda algum tempo antes que os nossos heróis se reencontrem. Perseguidos por estranhos sonhos e profecias sinistras, o grupo parte em busca das misteriosas e lendárias orbe e lança do dragão.

Conseguirão, juntos, fazer frente às trevas? E será possível para um cavaleiro caído em desgraça, enfrentar, à pálida luz do inverno, as forças de Takhisis?

Opinião:
Após a leitura do primeiro livro das Crónicas de Dragonlance fiquei sedento da sua continuação.
Ao Outono segue-se o Inverno e tal como a estação este livro é mais frio. Frio não por ser pior, de maneira nenhuma, frio porque é mais evoluído, mais distante e misterioso, perde um pouco da sua animação para um público mais adolescente e amadurece na narrativa e na sua complexidade. É mais adulto.

E o que contribui grandemente neste livro para o aumento do mistério, é que ao contrário do anterior, neste, o grupo de aventureiros, ou heróis das crónicas, se vão dispersando no mapa. Assim o desenrolar dos acontecimentos o obriga, e se o mistério aumenta, a dispersão também nos permite conhecer melhor a personalidade de algumas das personagens, menos desenvolvidas anteriormente.

Ao exemplo do livro anterior, a narrativa é enriquecida por momentos verdadeiramente extraordinários e vibrantes, dos quais tenho de destacar a chegada a Silvanesti e aos sonhos ou visões experimentadas por todos os elementos do grupo. Este é para mim o momento mais poderoso da série até ao momento. Tanto gostei que terminei o livro e voltei atrás para o ler novamente.

Mais uma vez o livro vive das suas personagens, que são o ponto forte da série. Continuam a transmitir-nos sentimentos e tornam-nos incapazes de não nos envolvermos com elas nas aventuras e ficarmos indiferentes ao que lhes vai acontecendo.

Somos também premiados com a chegada de novos personagens, alguns de grande importância, servem para criar uma áurea misteriosa no desenvolvimento da narrativa e que certamente terão papeis importantes no futuro. De notar também o reaparecimento de uma das personagens mais divertidas da série e que em parceria com o kender Tass é protagonista de momentos verdadeiramente hilariantes na chegada ao mundo dos gnomos.

Há livros que consideramos demasiado extensos, com excesso de descrições, que muitas vezes nada trazem de positivo à narrativa. Com este livro senti o contrário, estranhei alguns dos saltos que são dados na história, como exemplo, a viagem dos companheiros até ao Castelo de Muralha de Gelo. Toda a viagem e o resultado dela descrito numa canção de duas páginas? Os autores que me desculpem, mas para mim é demasiado curto. Até porque as "canções" irritam-me um bocado, seja aqui ou em "O Senhor dos Anéis". Tendencionalmente leio-as com pouca atenção.

Se no primeiro livro, achei que o final merecia mais umas 20 páginas, penso que este livro, poderia ter perfeitamente mais 150 páginas de descrição dos acontecimentos vividos pelos personagens principais, que só teria a ganhar.

E para o fim, o fim. Que final poderoso, de um dramatismo, apesar de espectável, muito bem conseguido e de lágrima ao canto do olho. De salientar que o aspecto romântico cresce bastante neste livro, Caramon e Tika, Tanis e Laurana e Kitiara, Gilthanas e Silvara e Sturm e Alhana. São condimentos que vêm enriquecer a obra.

É o amor e a amizade que dão a esperança nos momentos finais do livro e que lembram o leitor que após o Inverno vem a Primavera.

Este livro leva a mesma nota que o anterior, apesar de mais adulto e consistente pecar pelos tais momentos que mereciam maior descrição.

Ahh quase me esquecia, apeteceu-me escrever esta opinião da forma como os gnomos falam mas provavelmentedepoisninguémairialer.

Nota (escala 1 a 10): 7,5
TheKhan


Opinião:
Este é o segundo livro de As Crónicas de Dragonlance. Já passou sensivelmente um ano desde que li o primeiro volume e confesso que por causa disso custou-me bastante o início deste livro. Apesar de ter gostado do primeiro, já não me lembrava de como tinha terminado e demorei um pouco a "localizar-me". No entanto, depois do problema inicial, o livro prendeu-me até ao fim. 

Neste volume, o grupo de amigos separa-se e a aventura continua a um nível muito superior ao primeiro. Com a separação do grupo, os autores conseguiram dar mais visibilidade a algumas personagens e adensar o mistério. Existe muita coisa que ainda desconhecemos do mundo de Krynn. 

O ponto forte deste livro são as personagens. Não há como não gostar delas. Cada uma com as suas características. Obviamente que gostamos mais de umas do que outras. No entanto, nota-se um amadurecimento nas personagens ao longo da narrativa, que nos envolve e não nos deixam indiferentes.

O enredo desta história é mais "dark" e desenvolve-se a um ritmo muito rápido. Os autores deram um tom mais maduro, mais adulto ao livro, que só trouxe benefícios a esta aventura.

Destaco dois momentos na história que me marcaram por razões diferentes. A chegada ao monte Deixalá, a terra dos gnomos, foi um dos pontos mais cómicos do livro. O kender Tass e o Fizban juntos são do melhor que há. A batalha final com o Cavaleiro Sturm, que personifica tudo o que um cavaleiro deve ser, e com Laurana. Este final foi simplesmente espectacular. Não consegui parar até chegar ao fim. Envolveu-me de tal forma que não pude evitar algumas lágrimas.

Adorei o livro e estou ansiosa por continuar esta aventura no terceiro livro.

Nota (escala 1 a 10): 7,5



IrishGirl

sábado, 17 de agosto de 2013

Kick-Ass 2


 
Argumento: Mark Millar
Desenhos: John Romita Jr.
Editora: Marvel Publications
Páginas: 208

Língua: Inglês
ISBN: 978-0785152460
 
Sinopse: 

KICK-ASS is back, just as over-the-top as ever! As everybody's favorite psychotic 11-year-old HIT GIRL trains KICK-ASS to be...well, a bad-ass, RED MIST gathers a team of super-villains to take them down!
 
Opinião:
Trocando a ordem, para a segunda parte da obra, desta vez li primeiro o livro antes de ver o filme.
 
No seguimento da história anterior, temos uma Mindy McCready visualmente muito diferente. Mindy tem uma nova casa e uma nova família. Marcus e a mãe (que no livro não morreu ao contrario do filme) "obrigam-na" a comportar-se como uma menina da sua idade, e que grande diferença faz. Mas lá mais para a frente na bd volta tudo ao normal. Aliás sem a Hit-Girl nem o universo Kick-Ass valeria a pena existir. Neste livro temos a oportunidade de apreciar finalmente uma rival ao nível da Hit-Girl, a vilã Mother Russia, uma ex-guarda costas de, imaginem... Vladimir Putin.
Kick-Ass está por outro lado está mais confortável com o seu papel de vigilante, já se considera bastante bom a desancar nos vilões. No entanto, privado da parceria com Hit-Girl associa-se a um grupo de outros vigilantes ou "pseudo super-herois" para formar o "Justice Forever", que tipicamente ao estilo do universo "Kick-Ass", é um bando de homens e mulheres com muito boa vontade, sem super poderes e cada um vestido com um fato mais ridículo do que o outro. Deste grupo fazem parte os dois amigos de escola de Dave, que se transformam em "Battle-Guy" e Ass-Kicker".
 
No sentido contrário, e para dar argumento à obra, temos o retorno de Red Mist, o filho do líder mafioso do primeiro livro, que volta para vingar a morte do pai e claro tentar assassinar os dois heróis.
O rapaz volta completamente atormentado e torna-se num verdadeiro sanguinário, enterra o super-herói Red Mist e passa a ser o super-vilão "The Mother Fucker" e cria o gang de nome hilariante "Toxic Mega-Cunts".
 
As acções do grupo de vilões, para além de destruírem as referências da vida privada de Kick-Ass, acabam por provocar o retorno de Hit-Girl e assim fica preparado o cenário para a batalha final, com os seus momentos cómicos mas muita violência e sangue à mistura.
 
O final do livro deixa muita coisa em aberto para o terceiro livro, que por curiosidade está neste momento a ser publicado, indo já no segundo fascículo.
 
No intervalo de Kick-Ass 2 e Kick-Ass 3 saiu a bd Hit-Girl, dedicada a esta personagem e aos períodos entre o primeiro e o segundo livro. Será a próxima leitura e terá aqui a opinião brevemente.
 
Em jeito de curiosidade, tenho a sensação que o autor se inspirou numa determinada cena famosa da "Guerra dos Tronos" para selar o destino de uma das personagens. Esta é uma das passagens do livro, que me parece, que será adaptada no filme de forma a não chocar demasiado as audiências. A ver vamos.
Concluindo, este livro agradou-me mais do que o primeiro, parece-me melhor estruturado, mas por outro lado tem a vantagem de ter sido novidade para mim ao contrário do anterior, do qual tinha visto o filme primeiro.
 
Nota (escala 1 a 10): 7,5
TheKhan
 
 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Kick-Ass




Argumento: Mark Millar
Desenhos: John Romita Jr.
Editora: Marvel Publications
Páginas: 144

Língua: Inglês
ISBN: 978-0785134350


Sinopse:
Have you ever wanted to be a super hero? Dreamed of donning a mask and just heading outside to some kick-ass? Well, this is the book for you - the comic that starts where other super-hero books draw the line. Kick-Ass is realistic super heroes taken to the next level. Miss out and you're an idiot!
 
Opinião:
Estamos a duas semanas da estreia de Kick-Ass 2 nas salas de cinema, e considerando o estatuto de filme de culto que o Kick-Ass ganhou após sair em versão dvd, achei que era uma boa altura para ler estas duas obras.
 
Antes de mais, confesso que no primeiro filme fiz aquilo que procuro nunca fazer, que é ver o filme antes de ler a obra. Fi-lo por desconhecer a existência do livro de bd. Curiosamente o script do filme começou a ser escrito em Maio de 2008 e foi avançando  ao mesmo tempo que o livro ia sendo publicado. Convém também referir para leitores menos familiarizados com este tipo de obras, que o Kick-Ass foi publicado em 8 partes de Fevereiro de 2008 a Fevereiro de 2010. 
 
Tanto o livro como o filme contam a história de Dave Lizewski, um adolescente que sonha em ser um super-herói. Que adolescente ao ver o Batman ou Super-Homem não o sonhou? O livro não é mais do que uma adaptação da fantasia à realidade pura e dura, preparando-nos logo para essa realidade na primeira página, com uma tentativa falhada de voar por parte de um "superhero wannabe". Dave é um rapaz normal, sem super-poderes, sem grandes apetências, filho de pai viúvo e adepto de banda desenhada.
 
O filme foi bastante criticado pela excessiva violência, com especial preponderância da personagem Hit-Girl, uma criança de 11 anos que mata sem qualquer pudor. Mas se houve gente chocada com o filme, então preparem-se que não é nada que se compare com o livro pois este é muito, mas muito mais violento.
 
Hit-Girl ou Mindy Macready é como já disse uma criança de 11 anos, educada apenas pelo pai. Curiosamente a figura da Mãe não é retratada no filme, havendo apenas a menção das respectivas mortes das figuras maternais das personagens principais. Mindy é educada como uma autêntica máquina de guerra, pronta para matar sem qualquer sentimento e com uma perturbante ingenuidade de qualquer criança da sua idade. Kick-Ass e Hit-Girl lá acabam por se associar no final do livro, para erradicarem os maus da fita. Mais uma vez curioso é Kick-Ass ser bastante desajeitado e é Hit-Girl que com a sua educação militarizada se torna a líder do duo.
Não sei se foi por ter visto primeiro, mas considero o filme ligeiramente superior ao livro. A história parece rolar um pouco melhor na fita, apesar de as diferenças das duas versões não serem em grande número, naquilo que o são, são bastante relevantes.

Se gostou do filme, compre o livro e já agora compre o Kick-Ass 2 também antes que saia no cinema. Vá a correr porque é já no dia 29 de Agosto.

Quanto a diferenças, o livro não tem de agradar o público de Hollywood, assim a paixão de Dave por Katie não corre tal e qual o filme, o que me levanta uma curiosidade relativamente ao 2 e como é que eles "descalçam uma determinada bota". O Big Daddy no livro também não é tão "heróico" como no filme e acaba por a sua história e a de Hit-Girl no livro estar menos bem estruturada e plausível.

No cômputo geral é uma bd que se lê bastante bem, mas é certamente para um público mais adulto devido ao seu carácter violento. A chave para se gostar da obra prende-se na capacidade do leitor conseguir aceitar a personagem Hit-Girl sem ficar chocado.

Nota (escala 1 a 10): 7
TheKhan
 


domingo, 11 de agosto de 2013

Danças na Floresta

















Autor: Juliet Marillier
Editora: Bertrand Editora
Páginas: 336
ISBN: 9789722516969

Sinopse:
Este livro da autora é inspirado no conto de fadas As Doze Princesas Bailarinas. É a história de cinco irmãs intrépitas, em luta com quatro criaturas sinistras, três misteriosos presentes mágicos, dois amantes proibidos e um sapo enfeitiçado. Há muitos mistérios na floresta. Jena e as suas irmãs partilham o maior de todos, um segredo fantástico que lhes permite escapar à vida diária nos campos da Transilvânia, e que mantiveram escondido durante nove anos. Quando o seu pai adoece e tem de abandonar o seu lar na floresta durante o Inverno, Jena e a sua irmã mais velha, Tati, ficam encarregues de cuidar da casa e das outras irmãs. O surgimento de um misterioso jovem de casaco preto faz nascer o amor numa das irmãs e, subitamente, Jena apercebe-se que tem de lutar para salvar aqueles que lhe são mais queridos. Acompanhada por Gogu , Jena tem de enfrentar grandes perigos para preservar não só as pessoas que ama, como também a sua própria independência e a da família.


Opinião: 
Para escrever este livro, Juliet Marillier baseou-se no conto de fadas das Doze Bailarinas e do Príncipe Sapo, e como sempre, encantou-nos e envolveu-nos num mundo delicioso e mágico.  

Conta-nos a história de 5 irmãs que se vêm obrigadas a tomar conta da casa e dos negócios do pai que está doente e que teve de se ausentar durante o Inverno para terras mais quentes. Através de um portal, as 5 irmãs entram, nas noites de lua cheia, numa floresta mágica que é habitada por seres do Outro Reino. Lá divertem-se, dançam e conhecem seres mágicos, personagens de contos de fadas, com quem aprendem o valor da diferença e do respeito pelos outros. Numa dessas noites, Tati, a mais velha, apaixona-se por um jovem do Povo da Noite que é um povo maldoso, assassino, e bebedor de sangue humano. Cabe a Jena tomar conta das irmãs, da casa, dos negócios e de impedir que a irmã mais velha não se envolva com este ser perigoso, sem que Cezar, o primo arrogante, controlador e mau, descubra o que se passa. As 5 irmãs envolvem-se, assim, numa série de aventuras e de perigos.

Juliet Marillier tem um dom raro, que é ser uma excelente contadora de histórias. Leva-nos para mundos mágicos através da sua escrita envolvente e personagens cativantes. Neste livro, mais uma vez conseguiu conquistar-me. Apesar de ser dirigido ao público Jovem Adulto, e de não ser tão complexo como outros livros da autora, fez-me lembrar um pouco do mundo de Sevenwaters, no sentido em que seres especiais, do outro mundo controlam a vida dos personagens. Ou será que controlam mesmo? Parece-me que os personagens podem sempre fazer as suas escolhas. Em Danças na Floresta, a autora transmite-nos que todos os nossos actos e decisões têm consequências, e devemos pensar bem e reflectir antes de qualquer decisão. 

A escrita, como sempre, é bastante fluída, simples e bem estruturada. A acção passa-se na Transilvânia. Uma terra bastante diferente dos locais dos outros livros, mas que tem também a sua magia e talvez um toque mais sombrio e também interessante.

Este livro, narrado na primeira pessoa, tem personagens fortes e bem construídas. Gostei de todas as personagens. Tanto as "boas" e as "más". Aliás, pela primeira vez, acho que a personagem vilão desta história irritou-me tanto, que adorei odiá-la. Se tivesse que escolher uma personagem preferida, seria essa, por incrível que pareça. Cezar torna-se mau porque quis aquilo que não lhe pertencia. Fez uma escolha má na vida, tenta controlar tudo e todos, é machista e irritante, e acaba por cair no erro de tomar a uma má decisão uma segunda vez. Os outros personagens são aquilo que esperamos deles. Gostei bastante de Gogu. Principalmente, pelos comentários que ele fazia e só Jena é que o podia ouvir.

Resumindo, está longe de ser o melhor de Juliet Marillier, mas é um livro bastante bom. Vale sempre a pena ler esta autora. Prende-nos sempre do início ao fim. 

Nota (escala de 1 a 10): 7 
IrishGirl




quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lisboa Triunfante



















Autor: David Soares
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 409
ISBN: 9789896370831

Sinopse:
Lisboa Triunfante é um romance épico sobre a rivalidade entre duas figuras misteriosas, cuja contenda milenária se cruza com a história da capital portuguesa. Desde as origens pré-históricas de Lisboa até aos anos turbulentos que antecederam a implantação da República, passando pela elevação da cidade a capital do Reino por Afonso III e pela construção enigmática do Mosteiro dos Jerónimos, a galeria de personagens que dão vida a Lisboa Triunfante contém figuras como Frei Gil de Santarém, D. João V e Aquilino Ribeiro. Reunindo elementos de romance histórico e fantástico, este é o livro definitivo sobre uma Lisboa mágica, que possui tanto de reconhecível quanto de maravilhoso. Lisboa Triunfante é um triunfo da imaginação.

Opinião:
Faz parte da leitura enveredar por novos autores, estilos, temáticas. Para abrirmos os nossos  horizontes temos de arriscar. Por vez corre bem, por outras não.

Lisboa Triunfante é um dos riscos que tomei que correu mal. Assim resta-me fazer uma "crítica" que me deixa em algumas dificuldades.

Primeiro, e fazendo uma ronda pelas opiniões na internet, constato que quem leu e opinou sobre este livro só tem a dizer maravilhas. Ora, ou eu sou o único leitor que não gostou do livro ou "a malta" dos blogs não gosta de escrever críticas negativas.

Adiante...

As dificuldades que me advém na escrita desta opinião nascem de, se por um lado a escrita do autor me agradou, a história não me ter agarrado em qualquer momento.

Deve-se dar crédito onde ele existe e que não haja dúvidas, David Soares escreve muito bem, com uma linguagem extremamente rica e com uma acuidade histórica de grande relevância, certamente fruto do impressionante trabalho de pesquisa e documentação realizado.

Mas o problema para mim está na história, no estilo, no formato da obra. E talvez se explique porque eu gosto de livros com personagens fortes, que transmitam algo ao leitor e neste não encontrei nada disso. Primeiro porque não consigo considerar a raposa e o lagarto como sendo verdadeiros personagens. São seres tão fictícios que me custa a acreditar neles e na realidade apesar de omnipresentes, raramente intervêm significativamente no desenrolar da trama. Quanto às restantes, nos quais estão incluídas as personagens históricas, não me parecem mais do que meros figurantes, passam pela história a correr e não são desenvolvidas o suficiente para marcar.

Por outro lado considero o livro como sendo um conjunto de 6 contos interligados entre si. O conto é um género literário que não me agrada particularmente, isto porque sempre que me estava a familiarizar com cada uma das partes da história ela acabava abruptamente. Os capítulos/contos assemelham-se a sonhos, dos quais somos despertados violentamente, por alguém que nos está a abanar. No final entendemos as suas ligações e os seus mistérios, mas as explicações não me satisfizeram completamente.

Em suma, para quem gosta do género é de experimentar, até porque como já disse atrás o autor escreve muitíssimo bem, pena não ser o meu género. Por muito que a história me tenha desagradado, foi a escrita de David Soares que me fez não colocar o livro de lado.

Nota (escala 1 a 10): 4
TheKhan