quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Lisboa Triunfante



















Autor: David Soares
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 409
ISBN: 9789896370831

Sinopse:
Lisboa Triunfante é um romance épico sobre a rivalidade entre duas figuras misteriosas, cuja contenda milenária se cruza com a história da capital portuguesa. Desde as origens pré-históricas de Lisboa até aos anos turbulentos que antecederam a implantação da República, passando pela elevação da cidade a capital do Reino por Afonso III e pela construção enigmática do Mosteiro dos Jerónimos, a galeria de personagens que dão vida a Lisboa Triunfante contém figuras como Frei Gil de Santarém, D. João V e Aquilino Ribeiro. Reunindo elementos de romance histórico e fantástico, este é o livro definitivo sobre uma Lisboa mágica, que possui tanto de reconhecível quanto de maravilhoso. Lisboa Triunfante é um triunfo da imaginação.

Opinião:
Faz parte da leitura enveredar por novos autores, estilos, temáticas. Para abrirmos os nossos  horizontes temos de arriscar. Por vez corre bem, por outras não.

Lisboa Triunfante é um dos riscos que tomei que correu mal. Assim resta-me fazer uma "crítica" que me deixa em algumas dificuldades.

Primeiro, e fazendo uma ronda pelas opiniões na internet, constato que quem leu e opinou sobre este livro só tem a dizer maravilhas. Ora, ou eu sou o único leitor que não gostou do livro ou "a malta" dos blogs não gosta de escrever críticas negativas.

Adiante...

As dificuldades que me advém na escrita desta opinião nascem de, se por um lado a escrita do autor me agradou, a história não me ter agarrado em qualquer momento.

Deve-se dar crédito onde ele existe e que não haja dúvidas, David Soares escreve muito bem, com uma linguagem extremamente rica e com uma acuidade histórica de grande relevância, certamente fruto do impressionante trabalho de pesquisa e documentação realizado.

Mas o problema para mim está na história, no estilo, no formato da obra. E talvez se explique porque eu gosto de livros com personagens fortes, que transmitam algo ao leitor e neste não encontrei nada disso. Primeiro porque não consigo considerar a raposa e o lagarto como sendo verdadeiros personagens. São seres tão fictícios que me custa a acreditar neles e na realidade apesar de omnipresentes, raramente intervêm significativamente no desenrolar da trama. Quanto às restantes, nos quais estão incluídas as personagens históricas, não me parecem mais do que meros figurantes, passam pela história a correr e não são desenvolvidas o suficiente para marcar.

Por outro lado considero o livro como sendo um conjunto de 6 contos interligados entre si. O conto é um género literário que não me agrada particularmente, isto porque sempre que me estava a familiarizar com cada uma das partes da história ela acabava abruptamente. Os capítulos/contos assemelham-se a sonhos, dos quais somos despertados violentamente, por alguém que nos está a abanar. No final entendemos as suas ligações e os seus mistérios, mas as explicações não me satisfizeram completamente.

Em suma, para quem gosta do género é de experimentar, até porque como já disse atrás o autor escreve muitíssimo bem, pena não ser o meu género. Por muito que a história me tenha desagradado, foi a escrita de David Soares que me fez não colocar o livro de lado.

Nota (escala 1 a 10): 4
TheKhan
 

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