sábado, 25 de janeiro de 2014

O Prisioneiro do Céu

















Autor: Carlos Ruiz Zafón
Editora: Editorial Planeta
Páginas: 393
ISBN: 9789896573003

Sinopse:
Barcelona, 1957. Daniel Sempere e o amigo Fermín, os heróis de A Sombra do Vento, regressam à aventura, para enfrentar o maior desafio das suas vidas. Quando tudo lhes começava a sorrir, uma inquietante personagem visita a livraria de Sempere e ameaça revelar um terrível segredo, enterrado há duas décadas na obscura memória da cidade. Ao conhecer a verdade, Daniel vai concluir que o seu destino o arrasta inexoravelmente a confrontar-se com a maior das sombras: a que está a crescer dentro de si.
Transbordante de intriga e de emoção, O Prisioneiro do Céu é um romance magistral, que o vai emocionar como da primeira vez, onde os fios de A Sombra do Vento e de O Jogo do Anjo convergem através do feitiço da literatura e nos conduzem ao enigma que se esconde no coração de o Cemitério dos Livros Esquecidos.

Opinião:
No seguimento das leituras de "A Sombra do Vento", que adorei e de "O Jogo do Anjo", que gostei bastante, confesso que me sentia ansioso para voltar a Barcelona e ao "mundo" do Cemitério dos Livros Esquecidos.

É sempre bom pegar num livro que nos mantém agarrado da primeira à última página. O ambiente já estava apresentado, era a continuação das obras anteriores. As personagens também, e que agradável é voltar a encontrar Daniel Sempere, David Martín e Fermín Romero de Torres.

A escrita de Zafón foi das surpresas mais agradáveis que tive nos últimos anos, a narrativa é excelente, as personagens ricas e marcantes, a construção das obras é muito equilibrada, não nos "adormecendo" por determinados períodos, o suspense e o clima de algum terror apimentam a narrativa bem como os momentos de humor.

Relativamente ao "O Prisioneiro do Céu" devo dizer que todas as peças se encontram lá, não desilude de maneira nenhuma, tem apenas um senão, o livro é curto comparavelmente aos anteriores e quando o terminamos sentimos que lemos apenas metade do argumento, aliás o epílogo abre a porta para o próximo livro.

E ainda bem que existe um próximo livro, estas personagens e este "mundo" merecem voltar às nossas mesas de cabeceira para mais algumas páginas, mais alguns desenlaces pois há histórias ainda por contar.

O senão como dizia atrás é a sua extensão, fiquei com a sensação que foi terminado um pouco à pressa, possivelmente por pressão do editor, desvantagens de ser famoso e vender muito certamente. Os desenlaces que pensava encontrar no final do livro não estão lá. Assustei-me um pouco quando as páginas começavam a fugir e pensei  que seria tudo resolvido a correr. Ainda bem que não, venha o próximo, mas isso não invalida que o final deste, seja um pouco pobre.

Entrando um pouco na história deste livro, e sem divulgar "spoilers", Fermín, a minha personagem favorita destes livros, tem aqui o papel principal. É o desvendar de uma parte importante do seu misterioso passado que acompanhamos nesta obra e isso, é razão excelente para nos prender ao livro. Acompanhamos também o destino de David Martín bem como de Isabella.

Uma última referência a uma cena que não é mais do que uma recriação de uma passagem de "O Conde de Monte Cristo", aquela que é a obra de excelência para mim. Com estes condimentos era difícil não ter gostado bastante do livro.
 
Nota (escala 1 a 10): 7,5
TheKhan

O Prisioneiro do Céu é o terceiro livro que li de Zafon, e devo dizer que adorei. Assim como também gostei de A sombra do Vento e O Jogo do Anjo. Foi maravilhoso reencontrar as personagens que adorei nos livros anteriores, especialmente o Fermín Romero de Torres.

Carlos Ruiz Záfon com a sua escrita impecável e envolvente, agarra-nos desde primeira página e leva-nos para o mundo sombrio do regime e de Barcelona de 1957.

Neste livro, destacam-se duas personagens, Daniel Sempere e Fermín Romero de Torres. Em Daniel notou-se uma evolução, um “crescer” através das descobertas que fez. E Fermín, o que dizer de Fermín? Adorei conhecer os mistérios e segredos desta personagem, todo o sofrimento pelo qual passou no passado, e o resultado disso na vida dele. Sobretudo, adoro o humor na maneira como responde e fala. É simplesmente divinal.

Em O Prisioneiro do Céu descobrimos alguns segredos que estavam por desvendar, e ficamos com a sensação que muito fica ainda por revelar. Algumas peças vão-se encaixando e outras surgem, e ficam pendentes para o próximo livro.

É um livro que se lê rápida e agradavelmente, e ficamos com a sensação que poderia ter mais e mais páginas, porque não queremos que a história acabe. E é tão bom quando encontramos um livro assim. Não cansa.

Em resumo, gostei bastante deste livro e aconselho a sua leitura. Fico ansiosa à espera do próximo.

Nota (escala 1 a 10): 7,5
IrishGirl
 

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