sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Voltage

















Argumento: Phillipe Graton e Denis Lapière
Desenhos: Marc Bourgne e Benjamin Benéteau
Editora: Graton Editeur/Dupuis
Páginas: 54
Língua: Francês
Colecção: Michel Vaillant Nouvelle Saison nº2
ISBN: 9782800157795


Sinopse:
Interdit de course jusqu'à la fin de la saison après les événements de la course de Portimão, Michel Vaillant traverse une période de doute. Troublé par la détermination de son fils, engagé dans une entreprise qu'il juge incompatible avec les valeurs de la famille, Michel Vaillant décide de relever un nouveau défi : battre le record de vitesse avec une voiture électrique sur le Lac salé de Bonneville, aux États-Unis. La pression qui pèse sur ses épaules est forte. La crédibilité et le prestige des usines Vaillant se trouvent mis en jeu dans cette performance. Il n'a en effet pas droit à l'échec, tant vis-à-vis des sponsors que de son père, le patriarche de la famille, qui n'a jamais caché son mépris pour l'électrique. S'ajoutent à cette tension les inquiétudes de Françoise, préoccupée par les risques que va prendre Michel en pilotant ce prototype.


Opinião:
A minha primeira opinião neste blog, foi ao primeiro álbum da nova série de livros de Michel Vaillant. Na altura dei nota 6 pois existiram um conjunto de factores que me mantiveram demasiado agarrado à série anterior e que esperava uma melhoria nos álbuns seguintes.
Após ter terminado Voltage o segundo álbum verifico que essas melhorias não se verificaram. E há uma que me  incomoda bastante. O desenho das personagens deixa muito a desejar, se por um lado considero que a Françoise, esposa de Michel está mais realista e pode-se dizer que envelheceu de uma forma agradável, as restantes metem dó, especialmente o herói da série. Michel está irreconhecível, com excepção do seu teimoso caracol. Mais do que irreconhecível, das duas uma ou senhor Marc Bourgne não sabe desenhar perfis ou então cada vez que Michel se coloca nesta posição, o senhor Bourgne resolve transformá-lo no Stallone.

Isto para não falar das imagens em que as personagens aparecem de corpo inteiro nas quais existe uma frequente desproporcionalidade de partes do corpo. Curiosamente os chamados figurantes até nem estão mal de todo, o que demonstra que possivelmente o senhor Bourgne não é incompetente de todo, apenas terá optado por se distanciar das imagens da anterior serie mas se o fez, fê-lo da pior maneira.

Com isto entramos noutro aspecto a retirar deste álbum, e desta vez pelo lado positivo, o retorno de alguns dos mais famosos personagens da serie anterior. Steve Warson está de volta e lá vou eu outra vez; como personagem de importância acima da média, está... diferente, e sim para pior, e como decidiu enveredar pela política o senhor Bourgne resolveu aproximá-lo à imagem de um tal de Schwarzenegger, pelo menos em alguns desenhos com óculos de sol parece bastante. De notar também o aparecimento de Donald Payntor o malfeitor que se redimiu algures na série anterior. E claro o tão anunciado retorno da Leader, pertencente agora aos Chineses e com meninas com ligaduras nos joelhos a escoltar o carro.


Quanto à história em si, o Michel Vaillant mais mundano, mais afectado pelos problemas do cidadão comum. Pois, sinceramente se eu quisesse ler sobre pessoas com problemas conjugais, pretensos amantes e dramas com filhos rebeldes que fogem de casa ou sofrem acidentes que os poderão afectar para o resto da vida eu comprava a revista "Maria". Eu compro o Michel Vaillant para ver corridas, automóveis e um conjunto de personagens fictícias que se imiscuía de forma perfeita no mundo real das provas de automobilísmo.

Este livro tem muito de "Maria" e pouco de Michel Vaillant, mas tal como na série anterior onde havia álbuns de menor qualidade e que abordavam temas pouco interessante, como por exemplo "KM357", em que a trama baseia-se numa família que não pretende que uma estrada seja construída nos seus terrenos. Pode ser este o caso de Voltage e que no futuro tenhamos histórias mais interessantes.

A minha antipatia por este álbum também tem um fundamento extra, que é nada mais nada menos que a utilização de uma viatura eléctrica para bater recordes de velocidade, não fossem os nossos heróis franceses e parecendo este álbum quase uma propaganda do Governo Francês.
Que o futuro nos reserve viaturas ecológicas que não sejam estas pseudo-ecológicas eléctricas que nos querem impingir actualmente.

E como diz a senhora do anúncio, "eu ainda sou do tempo..." em que os carros faziam WROOOOAWROOOAW, agora? Fazem whiiiiiiii...


Venha o próximo, especialmente com corridas com carros a sério e personagens melhor desenhadas.

Nota (escala 1 a 10): 5
TheKhan
 

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