quarta-feira, 16 de abril de 2014

Wilt


















Autor: Tom Sharpe
Editora: Teorema
Páginas: 301
ISBN: 9789726959632                        
Série: Wilt 1 de 5
Sinopse:
Henry Wilt, amarrado a um emprego idiota no Instituto de Letras e Tecnologia de Fenland, acaba de ser novamente preterido para a promoção. Tem pela frente longos anos a tentar enfiar literatura na cabeça de estucadores, canalizadores, talhantes e afins. E as coisas não vão melhor em casa, onde Eva, a sua mulher maciça e dominadora, é dada a ilimitados e imprevisíveis acessos de entusiasmo. As fantasias de Wilt em relação à mulher tornam-se dia a dia mais assassinas. Após uma experiência dolorosa e embaraçosa numa festa, Wilt lança-se à realização das suas fantasias mais vingativas. Eva desaparece. Rapidamente as suspeitas recaem - com fundamentos bem sólidos - sobre Wilt, que passa à situação de Homem que Está a Ajudar a Polícia nas Investigações. Mas ajudará mesmo? Wilt exerce todos os seus poderes para mostrar que a polícia não consegue distinguir entre uma pessoa desaparecida e uma boneca e entre uma prova e um buraco.


Opinião:
Adquiri este livro no dia 6 de Junho de 2013, não por ter tomado conhecimento do falecimento de Tom Sharpe, mas sim por coincidência de ter decidido nesse mesmo dia ir à Feira do Livro de Lisboa, à noite, comprar um conjunto de livros no qual este se incluía.

Seja no pequeno ou no grande ecrã sou um adepto de boa comédia, com um gosto particular pelo Britcom. Sendo assim tenho ao longo dos anos enveredado pelo estilo de comédia literária, e livro após livro vou me convencendo que este não é um estilo que me agrade particularmente. O máximo que a maioria dos livros de comédia me conseguiram tirar foram alguns sorrisos enviesados e que me lembre nunca gargalhadas desmedidas que outros críticos conseguem obter.

Quanto ao livro, devo dizer que para mim se divide em duas partes. Primeiro a parte que segue a personagem principal, Henry Wilt, e depois a que segue Eva a sua mulher. Se a primeira é bastante interessante e até divertida, na qual acompanhamos uma evolução verdadeiramente impressionante da personagem principal a segunda é perfeitamente bocejante e patética.

Henry Wilt é-nos apresentado como um homem fraco e oprimido tanto pelo seu trabalho, chefes e alunos, como pela sua mulher. A sua evolução ao longo do livro é algo de brilhante, ao longo do seu extenso e intensivo interrogatório, Wilt liberta-se e é descrito pelo inspector Flint como um "estupor de um mercador de palavras, um contorcionista verbal, um maldito destruidor da lógica, um Houdini linguístico, uma enciclopédia de informação que ninguém precisa...". Esta parte do livro convenceu-me e agradou-me bastante.

Quanto ao resto. Eva é desinteressante e o casal Pringsheim são possivelmente das piores personagens que já apanhei em literatura. Não tenho palavras para as descrever, apenas que quase me fizeram largar o livro e passar a outra leitura. Se Wilt os tivesse enterrado aos três em vez da boneca não se teria perdido nada.
Em suma o desenvolvimento de Wilt, não sei se será suficiente para me decidir a comprar o segundo livro.

Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan

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