sexta-feira, 29 de agosto de 2014

O Baile dos Deuses


















Autor: Nora Roberts
Editora: Saída de Emergência
Chancela: Chá das Cinco
Saga/Série: Trilogia do Círculo. Livro nº2
Nº Páginas: 304
ISBN: 9789897100321

Sinopse:
Uma batalha entre as forças do bem e do mal está prestes a começar. De um lado Lilith, a vampira mais poderosa do mundo. Do outro, a deusa Morrigan, que tudo fará para a travar com o seu círculo…

Tendo crescido numa família de caçadores de demónios, Blair Murphy tem os seus próprios demónios pessoais com que lidar – o pai treinou-a, mas depois abandonou-a, e o noivo afastou-se após descobrir a sua verdadeira identidade.
Agora vê-se na posição de treinar um feiticeiro da Irlanda do século XII, uma bruxa de Nova Iorque, um erudito e um metamorfo da terra mítica de Geall. Para piorar as coisas, tem que se controlar para não ir à caça do sexto membro do círculo, um vampiro criado por Lilith, a rainha dos vampiros que têm de derrotar.
Não sendo mulher para fugir a uma boa luta, Blair encontra um desafio à sua altura no bonito e galante Larkin, o metamorfo.
Mas um desafio ainda maior serão os confrontos com seguidores de Lilith que irão testá-la até ao limite. Conseguirá Blair manter-se viva tempo o suficiente para derrotar o exército de Lilith? Ou irá ceder à única coisa que jurou nunca mais voltar a sentir?

Opinião: 
O Baile dos Deuses é o segundo volume da Trilogia do Círculo. Se no primeiro, A Cruz de Morrigan, a autora deu-nos uma introdução às personagens e aos mundos, neste livro prepara-nos para o confronto final entre as forças do bem e do mal.

Em O Baile dos Deuses, Nora Roberts dá-nos mais acção e ficamos a conhecer melhor todos os personagens. A história foca-se na preparação destes para a batalha final. Muito treino físico, definições de estratégia militar e magia. Mas a melhor arma que possuem para combater o mal é o amor.

Neste volume, o par romântico é Blair e Larkin, a guerreira e o metamorfo. Blair é uma mulher de armas, independente e habituada a estar só. Tem umas personalidade forte e foi educada desde muito nova para combater o mal. Abandonada e desprezada pelo pai e namorado, tornou-se uma mulher fria, sem sentimentos, até Larkin aparecer. Larkin é uma personagem super engraçada e a mais simpática. Arranca-nos umas boas gargalhadas. Corajoso e valente, utiliza as suas capacidades de transformação para lutar contra Lilith e também para seduzir Blair.

A escrita da autora é simples e acessível. O enredo desenrola-se a um ritmo mais rápido que no primeiro volume. As descrições não são demasiado extensas, mas são pormenorizadas o suficiente para nos envolver na história, e ficarmos a conhecermos melhor os seis personagens principais, assim como os vampiros. Nora Roberts é, como sabem, uma escritora de romances de amor. No entanto, acho que nesta série, conseguiu unir amor e fantasia de uma forma muito interessante.

Gostei bastante deste livro, do casal Blair e Larkin, que fazem um par cativante e engraçado, mas fiquei super curiosa para saber como vai ser o desenrolar da história do próximo par romântico, Moira e o enigmático Cian, sendo estes personagens tão distintos e diferentes...

O Baile dos Deuses é uma história viciante, com um enredo interessante, com personagens fortes e apelativas. É uma bela história de amor e da luta do bem contra o mal. Estão assim reunidas, todas as características para uma boa e descontraída leitura. Que venha o próximo!

Nota (escala de 1 a 10): 8
IrishGirl

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Nunca Te Esqueci



Autor: Michael Baron
Editora:Quinta Essência
ISBN: 9789898228598
Nº de Páginas: 300

Sinopse:
A única ponte para o futuro é através do passado.
Hugh Penders viveu num estado de apatia durante quase uma década, desde que o seu irmão Chase morreu num acidente de viação. Transporta no íntimo dois segredos que nunca foi capaz de partilhar com ninguém: acredita que poderia ter sido capaz de evitar o acidente e está profundamente apaixonado por Iris, a namorada de Chase. Quando o pai de Hugh sofre um grave ataque cardíaco, Hugh tem de regressar à sua casa em Nova Inglaterra, de onde andara a fugir nos últimos dez anos. Um dia, encontra Iris − que se mudara havia muito tempo − na rua. Iniciam uma amizade e Hugh acredita que está a apaixonar-se novamente por ela. Contudo, o fantasma de Chase paira sobre ambos. E, quando cada um deles revela uma verdade que o outro desconhecia, as suas vidas, a perspectiva que tinham de Chase, e as suas oportunidades de um futuro conjunto mudarão para sempre. Imbuído da força do desejo e do impacte da perda, Nunca te Esqueci é uma narrativa comovente e romântica que emocionará profundamente o leitor. 

Opinião:
Este livro foi a minha estreia com Michael Baron, que muito prometia, quando na capa do livro, o comparavam a Nicholas Sparks. Acho que se eu fosse o Sparks iria ficar um pouco zangado.

Nunca te Esqueci é um livro que conta a história de Hugh Penders e da perda do seu irmão, que morreu num acidente de carro, e de como isso afectou a sua vida e de toda a sua família. Quando o pai adoece, Hugh  é obrigado a voltar a casa dos pais e tomar conta do negócio de família. Reencontra Iris, a namorada do irmão por quem esteve sempre apaixonado. Iris e Hugh retomam a relação de amizade, e depois de algo mais. Relação essa que está supostamente condenada, por causa do passado. Ambos sentem culpa pela morte de Chase.

Michael Baron tem uma escrita simples, fluída e de fácil leitura. A estrutura do romance está bem conseguida, alternada entre o presente e o passado. No entanto, a narrativa não agarra, não prende e o enredo desenrola-se de forma bastante lenta, até que mais lá para o fim, finalmente vimos alguma coisa a acontecer.

Não consegui criar laços com nenhuma das personagens, que estão mal estruturadas, sem a profundidade e intensidade de sentimentos. A acção avança de uma forma um pouco distante do leitor. E, por isso, não consigo dizer que gostei da leitura. Como referi no início, acho que a comparação ao Nicholas Sparks foi um pouco exagerada. Não tem a profundidade de sentimentos, ou "pieguísse" que os romances do Sparks têm. Pelo menos, esses não me deixam assim indiferente.


Nota (escala de 1 a 10): 5

IrishGirl




domingo, 10 de agosto de 2014

O Regresso de Steve Warson

















Título Original: Le Retour de Steve Warson
Autor: Jean Graton
Editora: Asa/Público
Páginas: 64

Colecção: Michel Vaillant nº9
ISBN: 9789892326016
 
Sinopse:
Steve Warson, o grande amigo de Michel Vaillant, é dado como desaparecido após a Carrera Panamericana e nunca mais dá sinal de vida. Todas as buscas se revelam infrutíferas até que, durante um jantar com membros da equipa, Michel recebe um pedido de ajuda do desaparecido e parte imediatamente em seu socorro.
O seu destino é o porto de Amesterdão, na Holanda. Uma vez aí chegado, Michel Vaillant rapidamente veste a pele de um habitante local e percorre os cais da cidade de uma ponta à outra, acabando por se defrontar com uma quadrilha da pior espécie...

Opinião:
O Regresso de Steve Warson é mais um álbum de Michel Vaillant do tipo acção/espionagem no qual o desporto automóvel não entra.

Nono episódio da colecção Michel Vaillant é como álbum, inédito no nosso país tendo sido originalmente editado na revista Tintin em 1963.
 
Neste livro encontramos Michel na tentativa de descobrir o paradeiro e a salvar o seu amigo Steve. Steve esse, que se encontra deparecido desde que decidiu abandonar a competição após a traição aos Vaillant, no sexto álbum, em plena Carrera Panamericana.
 
A história inicia-se em Washington onde Michel procura ajuda no FBI com, o amigo de Steve, Eddie McGrath. Este acaba por revelar que Steve se encontra a trabalhar para a agência Norte Americana mas que perdeu o seu rasto.
 
Quando Michel retorna a casa e se encontra com os rapazes da academia (ver "O 8º Piloto editado pelo Público/Asa em 2009) para jantar, recebe uma chamada de pedido de socorro da parte de Steve. Michel é assim levado à cinzenta e chuvosa, pelas palavras do autor, capital Holandesa, Amesterdão.
 
O álbum, dentro do estilo é interessante, mas não me parece que o tema seja a especialidade de Jean Graton. Faltam os carros e as corridas. Para acção e espionagem compro Blake e Mortimer.
 
Quanto a personagens temos Michel, Steve e Yves Douleac, o pequeno Marselhês que ganha cada vez mais importância. De resto para além do agente Eddie McGrath aparecem duas novas personagens femininas, Adinda e Hubertine, mas que não terão relevância na série daqui para a frente. Steve aparece-nos de barba crescida e só o voltaremos a ver assim, como Arrow Stevens em "O Desconhecido das 1000 Pistas" após mais uma vez ter traído os Vaillant.


Como curiosidade deste livro temos Michel e Yves perto de "A Ronda da Noite" de Rembrandt.

Nota (escala 1 a 10): 6
TheKhan